domingo, 20 de fevereiro de 2011

ALTAMIRO CRUZ HEROI BRASILEIRO

IX Campeonato Panamericano Adulto, 1994, Miami/USA
Naquela época o combate terminava quando um competidor atingia a contagem de seis (6) pontos. A contagem era feita da seguinte maneira: wazari 1 e ipon 2 ponto.
Disputa da categoria +80kg, Didi x atleta USA, faltava menos de um minuto para terminar o combate e o americano vencia por 5x0, com toda torcida a seu favor. Num momento de Yame, Didi olha para o teto do ginásio dá umas palmadas no próprio rosto e, voltando ao combate, na primeira entrada consegue 1 ippon ficando a contagem de 5x2, logo em seguida ele consegue um wazari 5x3. Quando faltava uns 15 segundos para terminar o tempo de luta ele faz mais 1 ippon, empatando a luta em 5x5. Nesta altura do campeonato, o atleta dos Estados Unidos estava perdido, não entendendo o que estava acontecendo; reiniciado o combate, devia faltar 3 ou 5 segundos para terminar o tempo regulamentar, Didi, com precisão, aplica um jodan zuki, fechando a luta sagrando-se mais uma vez Campeão Panamericano. O Brasil foi campeão por Equipe e Geral nessa competição.
Altamiro Cuz, um dos Heróis do Karate Brasileiro.

Campeonato Mundial 2000 – Alemanha (I)

84 paises participantes – 820 atletas
Cenário: Ginásio Olímpico de Munique – Público 11.000 pessoas

Competição Por Equipe

Equipe Brasileira: Altamiro Cruz (Didi), Antonio Carlos Pinto (Pré), Nelson Sardemberg e os JUNIORES: Leivas Alves, Antonio Geraldo Coelho Jr. (Geraldinho) e Roney Victor; completou a equipe na repescagem Ricardo Aguiar.

Um dia antes da competição, junto com o técnico José Carlos (Zeca), verificamos que o primeiro adversário do Brasil seria o Japão. Por conhecer a escola japonesa de karate, escola essa que deu início ao karate brasileiro, sabiamos das dificuldades do primeiro confronto. Eu disse para o Zeca, – e agora. Ele respondeu, deixa comigo - vou colocar uma pilha nesta garotada.

Primeiro Confronto: Brasil 3 x 1 Japão
1ª luta: Antonio Carlos Pinto (Pré) 2x2, 2ª luta: Altamiro Cruz 5x2, 3ª luta: Roney Victor 2x3, 4ª luta: Antonio Coelho Jr. 5x1, 5ª luta: Leivas Alves 4x0.
Segundo Confronto: Brasil 4 x 0 Nova Zelandia
1º luta: Altamiro Cruz 5x1, 2ª luta: Antonio Carlos (Pré) 4x1, 3ª luta: Antonio Coelho Jr 1x1, 4ª luta: Nelson Sardemberg 6x2, 5ª luta: Leivas Alves 6x1.
Terceiro Confronto:- Brasil 3 x 1 Holanda
1ª luta: Antonio Coelho Jr 1x0, 2ª luta: Altamiro Cruz 4x6, 3ª luta: Leivas Alves 2x2, 4ª luta: Antonio Carlos (Pré) 4x1, 5ª luta: Nelson Sardemberg 3x2.
Quarto confronto: Brasil 2 x 1 Tunisia
1ª luta: Altamiro Cruz 5x1, 2ª luta: Antonio Carlos (Pré) 0x1, 3ª luta: Leivas Alves 0x0, 4ª luta: Nelson Sardemberg 6x3, 5ª luta: Antonio Coelho Jr 2x2.

Após a vitória sobre a Tunísia, cairam todas as fichas, descobrimos que estávamos na Semi-Final do Campeonato Mundial do ano 2000, no ginásio Olímpico de Munique, com uma platéia de onze mil (11.000) pessoas e o adversário era dono da casa - a Alemanha - com quase toda torcida a seu favor:

Semi-Final - Brasil 1 x Alemanha 4: 1ª luta: Altamiro Cruz 2x0, 2ª luta: Antonio Coelho Jr 2x5, 3ª luta: Leivas Alves 2x6, 4ª luta: Nelson Sardemberg2x5, 5ª luta: Antonio Carlos Pinto 0x1.

Foi um momento emocionante e histórico do karate brasileiro. Faltou pouco para disputar o título mundial. Os atletas citados, Heróis do Karate Brasileiro, jamais irão tirar deles o que fizeram naquele momorável dia 13 de Outubro de 2000 em Munique – Alemanha. OSS
 

Na repescagem da disputa do terceiro lugar, brasil  perde para Inglaterra por 4x1

Nome: Altamiro Oliveira da Cruz
Nascimento: 20 de fevereiro de 1968, em Brasília
Altura: 1,85m
Peso: 99kg
Calçado: 43
Prato preferido: farofa de ovo, arroz com brocólis, picanha grelhada com alho, vinagrete e batata frita
Melhor filme: A vida é bela (Roberto Benigni)
Melhor livro: Quase Memória (Carlos Heitor Cony)
Estado civil: solteiro
Escolaridade: cursa o 4º semestre de jornalismo, no Iesb
Hobby: velejar de windsurfe e kitesurfe
Objetivo no Pan: conquistar o ouro
obstinação:
A obstinação do brasiliense vem desde a infância. Começou no judô, aos 9 anos. Quando tinha 12, resolveu praticar paralelamente o caratê. Era o início de uma carreira vitoriosa. Didi se graduou como carateca em três anos, com o professor Testa. ''Parece que foi fácil, mas no exame havia 50 pessoas, e só eu passei. Foi aí que abandonei o judô. Não queria saber de outra coisa senão me aprimorar cada vez mais no caratê.''


sensei pedro melo

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